Eixo Temático 4: Transformação ecológica
IV - Transformação Ecológica: pesquisa, desenvolvimento tecnológico, bioeconomia, transição energética, economia verde e estratégias para a mudança de sistemas econômicos e sociais para um sistema de baixo carbono.
"A emergência climática também traz oportunidades econômicas e de inclusão social na transição para uma economia de baixo carbono, sobretudo para o Brasil, que dispõe de uma matriz energética bem mais limpa que a maioria dos países, baseada em fontes ditas renováveis".
Questão norteadora: O que deve ser feito para a descarbonizar a economia gerando inclusão social?
A transformação ecológica e as oportunidades e as escolhas difíceis que precisamos fazer.
A emergência climática é um desafio para a atual geração. Mas não basta cortar as emissões e promover uma maior resiliência, é preciso transformar.
Para organizar iniciativas que posicionem melhor o país no rumo da descarbonização da economia com maior inclusão social, o governo federal lançou em 2023 um Plano de Transformação Ecológica, parcialmente coordenado com investimentos públicos e privados previstos no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), como aqueles voltados a tornar as cidades brasileiras mais resilientes às mudanças climáticas.
O Plano de Transformação Ecológica combina esforços para aumentar investimentos, com iniciativas como o maior uso de biocombustíveis, estímulo à produção de energia eólica e do chamado hidrogênio verde, apoio à chamada bioeconomia, com restauração de florestas, e mais tecnologia. Articulada a uma nova política industrial, a transformação ecológica lida também com a produção de minerais considerados estratégicos para a transição energética, usados tanto nas baterias de veículos elétricos, como na geração de energia eólica e fotovoltaica.
O contexto da transformação ecológica também impõe algumas escolhas difíceis. Uma das escolhas que precisam ser feitas trata da produção de combustíveis fósseis, óleo e gás de petróleo e carvão mineral. A Agência Internacional de Energia, em seu relatório mundial de 2023, afirmou que a estabilidade do regime climático requer que a produção e o consumo de combustíveis fósseis devem cair antes de 2030. O alerta repercutiu na COP de Dubai, e a proposta de eliminação gradual de combustíveis fósseis da matriz energética chegou a ser incluída na declaração final. O Brasil ainda discute a ampliação da produção de petróleo em novas fronteiras, como é o caso da foz do rio Amazonas, e projeta um aumento da produção de óleo e gás para além de 2030.
Reduzir o desmatamento, nossa maior fonte de emissões de gases de efeito estufa, também exigirá o esforço para desenvolver a economia que preserva a floresta, em vez de derrubá-la. A conservação da vegetação nativa não apenas na Amazônia, mas em todos os biomas, é decisiva para garantir o equilíbrio do clima e os serviços ambientais, como as chuvas, condição para a produção de alimentos. São esforços que devem aparecer combinados com a adoção de tecnologias de baixa emissão de carbono na agricultura e na pecuária.
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